11 de novembro de 2009

>Blogagem Coletiva

Esta postagem faz parte da blogagem coletiva do Blog Vou de Coletivo, cujo tema de novembro é "Brinquedos: dos mais antigos aos mais recetes". Leia as outras postagens AQUI

Tenho certeza que os textos começarão a ser escritos mais ou menos assim: “quando eu era criança”, repleto de saudosismo.

Porém, eu prefiro falar do presente, o passado ficou, ganhamos e perdemos, aprendemos coisas que as crianças do século 20/21 não conhecem, e não tivemos as oportunidades que as mesmas podem ter.

O que interessaria para uma criança agora, nadar num rio, se tem piscinas em suas casas, praias para quem não as tem subir em árvores (nem as temos mais, o espaço virou condomínio), jogar bola feita de pano, ou brincar com bonecas de palha?

Absolutamente NADA! “E se contarmos essas coisas para elas, nem poderão imaginar sobre o que falamos”. “Não nos darão atenção”
Tudo tem seu tempo, e dentro dele um lugar certo para todos.

Eu, sinceramente gostaria de ser criança agora; seria protegida pelo Estatuto da Infância e adolescência. Vejam um adolescente de 16 anos já tem o direito de exercer o voto, eleger os homens que governam uma Nação, e ao mesmo tempo não respondem civil/criminalmente por seus atos. Incoerente não? Não precisam trabalhar para ajudar a família no sustento do lar. Tudo é mais fácil. Nada dói no bolso.

Nesse momento estamos diante de uma máquina que nos proporciona acesso ao mundo, falamos virtualmente, isso é fantástico! Olha que beleza, aqui, eu não preciso saber escrever corretamente e nem ter a letra legível, a máquina faz isso por mim. Nem preciso gastar neurônios com cálculos matemáticos, tabelas, gráficos, equações, etc.

Quanta facilidade, e pensar que eu usei três paginas de papel de rascunho, escrevi a mão, e agora passei para o PC.

Não ser criança agora só me proporcionou a escrever corretamente, tomar o hábito diário da leitura, e ter a letra mais bonita que já vi modéstia a parte. E escrever textos para vocês que me acompanham, assim como leio os seus.
E as crianças desses novos tempos, ganharam muito em tecnologia, brinquedotecas, escolas particulares caríssimas, e as públicas um verdadeiro lixo. Essa é a nossa realidade.

11 comentários:

Wanderley Elian Lima disse...

Belo texto Sonia, só que eu acho que criança hoje cresce muito rápido, a fantasia da vida acaba e elas ficam perdidas entre a criança e o adolescente.
Beijos

comunicadoras disse...

Gostei deste seu tema, amiga e sublinho o que disse; não ser criança agora tornou-nos capazes de escrever correctamente, interpretar um texto, fazer contas de cabeça, ler bons livros; as crianças de hoje são peritas em muitas coisas importantes, mas habituaram-se à escrita em código por causa das malditas sms dos celulares e messenger; conheço adolescentes incapazes de escrever uma frase correcta, pois desaprenderam.Quando arranjarem emprego serão incapazes de escrever uma simples mensagem a um cliente via net; felizmente que o meu filho, de 32 está a incentivar o filhinho dele de 2 anos e meio a ler, dando-lhe livros, lendo com ele à noite; ele tem paixão por livros e nem os estraga; espero que continuem a fazer com que ele dê importância à leitura; ler através do comp. não é a mesma coisa; falta aquele acto de manusear o livro que se adquire desde bem pequenininho; só assim terão gosto também pelos livros escolares e aprendizagem. Dava pano para mangas este assunto, por isso é melhor parar por aqui. Um beijinho e parabéns pelo tema. Interessante.
Emília

angela disse...

Eu já fui criança e foi bom, tive essa sorte e como já fui, não poderia estar, nem vir a ser...então fico com o que tenho que são minhas lembranças.
Compartilho um pouco com seu desencanto, pelo jeito que o nosso pais está.
beijo

Daniel Savio disse...

Um ponto bem lembrado, mas por não terem as mesmas oportunidades não quer dizer que não tenham um pouco de curiosidade para saber como era no nosso tempo...

Momento comédia, a minha letra é horrivel, ainda bem que digitando ela fica melhor...

Hua, kkk, ha, ha, brincadeira com um fundo de verdade.

Fique com Deus, menina Sonia.
Um abraço.

J Araújo disse...

Como podemos perceber vc está se saindo muito bem em suas críticas com toda sua coerência.

Continue assim, vamos continuar, destilando nosso veneno que às vezes num futuro muito próximo servirá de antidoto contra vários males.

Bjsss

lis disse...

Passando pelo Coletivo pra ler as blogagens , gostei do seu desabafo quando fala de brinquedos. Concordo que as brincadeiras d'agora são mais interessantes, modernas , shoppings pra garotada pular em camas elásticas , games , parques aquáticos , etc, etc, mas sem saudosismo, as crianças eram mais crianças, viviam mais a infancia e a tal adolescencia e nem precisava de estatuto nenhum , até porque esse que tá aí, ainda nao vi funcionar rsrsrs
Nao estou participando esse mes até porque nao saberia escrever sobre brinquedos , acho que não os tive, apagou da memória rsrs sobre os de hoje, é vasto o campo e voce aproveitou pra fazer um belo texto.
Parabéns, gostei muito.Vou continuar lendo .
Abraços

Sônia Pachelle disse...

Caro Araujo.

Eu não pretendi destilar nenhum veneno, mesmo porque não é essa a intenção da blogagem. Apenas eu prefiro a realidade hoje,nesse momento, que para mim é a maior turbulencia dos últimos dias.

Abraços.

Irene Moreira disse...

Considero qua a infância do nosso tempo foi mais vivida, pois hoje a criança tem um tempo mais curto e já aos 12/13 anos é uma adolescente. A Tecnologia tira o bom da inocencia de ser uma criança. Tocaste em assuntos importantes e está certa em pautá-los pois cada um tem que fazer a sua parte- quantos brasileiros já pararam para ler a Constituição e ver seus direitos e obrigações? Cabe a cada um de nós contribuir para melhores condições. Estou aqui através da Blogagem vou de coletivo e espero sua visita e co0mentário na minha *O mundo encantado das bonecas* só é o título mas o assunto é muito interessante envolvendoi o Sucesso na Terceira Idade. Já estou te segyindo e espero a sua visita. Beijos

Daniel Savio disse...

Xomo não dá para responder no post posterior (a rede do trabalho trava a página)...

Penso que todos nós queremos aqueles que amos ao nosso lado...

Fique com Deus, menina Sonia.
Um abraço.

Marina-Emer disse...

vengoa visitarte y te dejo mi afecto...besos
Marina

Rosana Ibanez disse...

Adorei o texto e voltei ao passado! Quantas saudades...Não troco aqueles momentos e aquela época por tecnologia nenhuma nesse mundo! A simplicidade e a ingenuidade que tínhamos já bastava, pois éramos pessoas melhores, com uma essência pura e sem maldade. Tínhamos respeito ao próximo e não vivíamos num mundo de tanta violência e desumanidade.
As vezes tanta comodidade e facilidade têm o seu preço e muitas vezes chega a ser muito caro!
beijos