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O ex presidente Luis Ignacio Lula da Silva, chegou por volta das 7h30 de hoje ao hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para a terceira e última sessão de quimioterapia. "O presidente fez exames de imagem, PET (tomografia por emissão de pósitrons), tomografia e ressonância, e os exames mostraram que houve redução de 75% do tumor
O quadro geral e o quadro químico são muito bons”, disse o chefe da equipe, Roberto Kalil Filho. Segundo ele, a terceira sessão de quimioterapia começou essa tarde, negando informações de que a sessão teria sido adiada para amanhã.
De acordo com a equipe médica, Lula estava apreensivo antes dos exames e ficou aliviado ao receber os resultados.
Assim como na primeira sessão de quimioterapia, realizada no último dia 31 de outubro, e na segunda, realizada no dia 20 de novembro, o ex-presidente deve passar a noite no hospital para acompanhamento médico e análise dos possíveis efeitos colaterais comuns em pacientes submetidos ao tratamento.
Lula será submetido também a sessões de radioterapia entre janeiro e março de 2012. A expectativa é de que o tratamento esteja concluído em março. "Se existe um caminho para a cura, passa por esse estado [de redução]. Mas cura é um diagnóstico retrospectivo", disse o médico Artur Katz.
A equipe médica também informou que a rouquidão do ex-presidente melhorou. “A rouquidão diminuiu muito e isso é reflexo da redução do tumor”, disse Paulo Hoff. O tratamento por radioterapia, entretanto, pode voltar a causar rouquidão já que costuma inflamar a garganta.
Lula se antecipou a um dos efeitos colaterais da quimioterapia e cortou o cabelo e a barba, uma de suas marcas registradas, que ele vinha usando desde os tempos de sindicalista. Do visual tradicional do ex-presidente, restou apenas o bigode.
O texto acima é uma transcrição do noticiário que está na mídia.
Se Deus me permitisse ter um sonho realizado, seria o seguinte:
Eu gostaria que todos os cidadãos desse país, tivessem o mesmo direito aos exames e tratamentos sofisticados que estão sendo aplicados no tratamento do nosso Ex-presidente.
Para isso precisaria um trabalho intenso para JUSTIÇA SOCIAL, educação, saúde para todos, exames, médicos, especialistas, enfim um aparato de profissionais da saúde que pudessem ter acesso a tratamentos sofisticados, e aplicar nos pacientes.
Claro que como trabalhadora na saúde pública estou satisfeita e feliz por saber que o Sr. Luis Ignácio Lula da Silva, está muito bem. Sua aparência é ótima, nem parece que está sendo submetido a um tratamento tão desgastante.
Bem diferente daqueles que vejo serem atendidos na Oncologia do SUS, abatidos, pálidos, magros, sofrendo com dores, náuseas, vômitos, e que não tem sequer a possibilidade de comprar um medicamento para minimizar essas reações adversas.
Eu posso dizer o que é a dor. Aprendi a conviver com ela desde pequena, quando eu somente via minha mãe de vez em quando, pois, a casa principal dela era o hospital: durante sua curta existência nesse mundo de desigualdade, ela passou por mais ou menos 16 grandes cirurgias. Quando nos últimos 02 anos de sua vida ela viu uma luz no fim do túnel, pensando estar curada, tendo recuperado seu peso normal, caiu na cama com náuseas, dores, vômitos.
Naquela época estavam inaugurando em minha cidade uma clínica de ULTRASSONOGRAFIA, (coisa sofisticada!) e uma amiga chamada Maria das Graças sabendo que minha mãe adoeceu, pediu ao médico para fazer nela o exame gratuitamente porque não podíamos pagar.
Resultado do exame: Tumor em pâncreas, com infiltração no fígado, vesícula não visualizada devido a expansão tumoral
Foi nesse dia que eu chorei muito, porque sai de lá com a certeza que o estado dela era muito grave, e o tempo de vida muito breve. Daí em diante trabalhei duro dia e noite para não faltar nada a ela, e mesmo assim pagando tratamento, o seu médico oncologista, Dr. Eduardo Neme, negava-se a tratá-la com MORFIMA, afirmando que todos os paciente de câncer morriam com dores horríveis, e minha mãe não seria diferente.
Acontece que era a minha mãe e não a dele, então a transferi para um hospital público São Vicente de Paula em Jundiaí, onde foi acolhida com AMOR, CARINHO, pelo Dr Nilson de Sousa, um médico negro, com uma alma linda e iluminada.
Daí ele nos explicou que o estado dela era terminal, e prosseguiu com um tratamento adequado, com medicamentos que induziu um estado de coma, para que ela tivesse um fim de vida mais digno. E assim foi, isso durou mais uns 16 dias, e ela se foi... Há 33 anos.
Desse dia em diante abandonei a minha profissão, e passei a estudar enfermagem, eu queria cuidar dos doentes, e assim faço até hoje.
sonia. 12/12/2011
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