CELULARES E ACIDENTES
Quando eu me deparei a primeira vez com um computador, pensei logo, isso não vai dar certo com certeza teremos uma demanda maior em papéis, porque eu utilizo o programa para escrever e guardar em arquivos e quase sempre é necessário imprimir. O tempo passou e constatei que isso acontece agora. O espaço físico necessário para se guardar arquivos impressos é assustador.
A mesma coisa aconteceu com os celulares, essa forma de comunicação está facilitando a comunicação entre pessoas, às empresas estão cada vez mais aderindo às facilidades oferecidas até gratuitamente como acontece com o aplicativo WhatsApp diminuindo o uso de telefones e ramais nos seus departamentos.
Porém o uso indiscriminado nessa
forma de comunicação, também tem suas contra indicações as pessoas se comunicam
menos pessoalmente, estão gradativamente se distanciando, enfim, os celulares
viraram vícios, as pessoas não conseguem mais conversar ou dedicar-se a alguma
tarefa esquecendo um pouco esse instrumento.
Temos notado e está sendo até que
notificado o número assustador de acidentes de transito decorrentes da distração
ao atravessar uma rua, dirigindo automóveis, enfim como já mencionado o celular
virou uma peça indispensável à vida.
Essa semana uma moça de apenas 32
anos, foi vítima de acidente terrivelmente chocante quando caminhava por uma
avenida central onde existe uma calçada estreita, pois se trata de um corredor
de ônibus urbano. Essa pessoa estava falando em um celular e andando quase
correndo nesse local quando inesperadamente caiu na avenida e um ônibus passou
sobre parte de seu corpo.
Um helicóptero Águia auxiliou no
transporte da mesma para um hospital, aonde chegou ainda consciente apesar da
gravidade dos ferimentos. Levada imediatamente a sala cirúrgica começou ali a
luta pela vida! A vida de alguém tão jovem e completamente arrebentada, abdômen
aberto deixava à mostra a cavidade pélvica, onde se misturavam os órgãos
esfacelados, ossos da bacia e pelve triturados, e as equipes médicas lutando
para salvar essa vítima tão jovem. Lamentavelmente após horas de esforços
contínuos transfusões sanguíneas seguidas essa jovem foi a óbito.
Para nós que trabalhamos com
urgências, é difícil nos depararmos com essa situação simplesmente
desesperadora, pessoas perdendo a vida por um motivo tão fútil talvez o assunto
do celular que essa vítima tratava pudesse esperar mais um pouco, até um local
mais seguro para se conversar.
Por esses motivos, por se
constatar que acidentes gravíssimos poderiam ser evitados tomando-se o cuidado
e refletir no que está se fazendo é seguro para o local e momento eu gostaria
que as pessoas refletissem na importância da vida. A vida é efêmera sim sabemos
disso, mas a dor do trauma, aliás, poli trauma é tão grande quanto à dor dos
familiares pela perda irreparável.
Sonia Sidney
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