(fotos web)
O coitadismo é a arte de ter compaixão de si mesmo> um conformismo potencializado, capaz de aprisionar o "eu"para que ele não utilize ferramentas para transformar sua história.
Vai muito além do convencimento de que não é capaz, entrando numa esfera da propaganda do sentimento de incapacidade.
O "coitadista" faz uma espécie de marketing de suas crenças irreais, impotências, e limitações. Não tem vergonha de dizer: sou desfortunado, um derrotado, nada do que faço dá certo, não tenho solução, e ninguém gosta de mim.
Condena-se assim a uma eterna mesmice.
Os coitadistas não sabem que a autopiedade é uma masmorra psíquica que asfixia o prazer, amordaça o desenvolvimento das funções mais importantes da inteligencia e bloqueia a excelência intelectual e emocional.
Quem tem dó de si mesmo, constrói alicerces psíquicos no vazio.
Geralmente são fortes para algumas coisas, e frágeis para tantas outras, e são injustos consigo mesmo, julgando-se incapaz de mutações.
Todos nós temos algumas doses de "coitadismo" em nossa personalidade, preservamos alguns conflitos que mimamos como se fossem animais de estimação: ninguém pode tocar nesse animal, senão viramos uma "fera" > alguns são mansos, mas quando cutucados em certas áreas ficam irreconhecíveis.
Os "coitadistas" bloqueiam seus desejos e ambições, não decifram que os desejos são intenções superficiais, e ambições são projetos de vida.
As pessoas submetem-se ao seu humor triste, fóbico, depressivo, pessimista, como se fossem marionetes e não tivessem nenhum poder gerencial > elas não tem consciência que as emoções são registradas em poucos segundos nos bastidores de suas mentes, e uma vez arquivadas não podem ser mais deletadas.
Algumas pessoas ficam retroalimentando em sua mente as ofensas, perdas, rejeições, desapontamentos, preocupações durante meses ou anos, e até uma vida toda. Não entendem que a maior vingança contra um inimigo é perdoá-lo, pois, para isso é preciso despir-se de heroísmos compreender, e deixar de gravitar em sua órbita insana. Quem odeia um inimigo, odeia a si mesmo.
Vejamos: se alguém amar é um sentimento que pode ser ou não retribuído pelo outro, mas se odiar alguém, esse é o veneno que mata, porque não faz diferença na mente do outro. Amar é um sentimento nobre, e quando não retribuído há de se buscar na mente recursos para deixá-lo esfriar, como livrando-se de pequenos detalhes, objetos, coisas que fazem apenas contribuir ao sofrimento e não a projetos felizes.
Não convém subestimar nossa mente, pessoas não são objetos substituíveis, portanto, não é colocando qualquer outra em seu lugar, que alcançaremos a tranquilidade consciente, pelo contrario, "trocar duas de cinco por uma de dez, a soma continuará sendo a mesma".
Ferir nossa mente, é um homicídio consciente. Há certos momentos, em que o homem precisa dar uma trégua a burrice sentimental, e buscar dentro de si mesmo as soluções verdadeiramente curativas para viver melhor. Isso se chama também QUALIDADE DE VIDA.
ESSE TEXTO FOI PESQUISADO APÓS ALGUNS MOMENTOS DE TURBULÊNCIA NA MINHA VIDA, EM QUE ME SENTI PERDIDA NO MEIO DA MULTIDÃO.
AGORA QUE O PIOR PASSOU, TOMEI COMO PONTO DE PARTIDA O MEU TRABALHO, E A REFLEXÃO DO QUE TENHO FEITO COM A MINHA VIDA.
RETIREI LITERALMENTE DA MINHA FRENTE TODAS AS LEMBRANÇAS, QUADROS, RETRATOS, OBJETOS, E ESQUECI DE ME LEMBRAR DOS MEUS ERROS, PORQUE NÃO FORAM SOMENTE MEUS.
EU NÃO DEVO DAR MURROS EM PONTA DE FACA, NINGUEM MERECE QUE EU FAÇA ISSO COMIGO, PORQUE EU SOU MUITO MELHOR DO QUE PENSAM AQUELES QUE ME CONHECEM.
POSSO PERDER MUITAS COISAS, MAS NINGUÉM TIRA DE MIM A DIGNIDADE, A HONRA, E O DIREITO DE ME INDIGNAR E REPUDIAR COM ATITUDES ESCUSAS, FEIAS, E DERROTADAS QUE DIRECIONARAM CONTRA A MINHA PESSOA.
Meu pai (91 anos) me disse: "Filha, não há nada como um dia após o outro, porque eles não são iguais".
Sonia.
Leitura do dia: "Eu te levo pelo bom caminho" Salmo 107, 1-9
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