6 de abril de 2011

>> VOCAÇÃO/ PROFISSÃO

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Houve um tempo, mais precisamente quando eu era jovem, que escolhíamos a profissão por duas fórmulas: teste vocacional, ou sugestão dos pais. Havia sim um desejo pessoal e íntimo de escolher o que desejávamos, mas era quase impossível.

Atualmente, as mudanças não foram muito além disso, apenas os pais tem mais recursos para estar encaminhando os filhos para cursos de aperfeiçoamento técnico, ou pós-graduação quando for o caso.

Na verdade, é sempre bom lembrar que o casal precisa pensar no número de filhos que deseja ter, medindo a capacidade de seu bolso, ou seja, sua conta bancária.

É necessário os pais ficarem alertas aos abusos das LISTAS DE MATERIAL ESCOLAR, exigidos pelas escolas. Tem diretorias que solicitam uma quantidade inexplicável de materiais, veja essa de uma escolha pública:
- 500 folhas de papel sulfite
- lapis de cor e canetinhas com 36 cores
- canetas esferográficas de todas as cores
- duas dúzias de lapis nº 02
- seis borrachas macias
- uma caixa de papel carbono.

Pensa bem, uma criança no ensino fundamental/secundário, não gasta 500 folhas de papel sulfite, nem tantos lápis, canetas, borrachas. E para que papel carbono??

Denunciem essas escolas nas Delegacias de Ensino de suas cidades. Meu filho cursou fundamental/secundario/médio, com a mesma caixa de lapis de cor, que ele tem atá agora ( dá para os filhos dele usar ainda ), e nunca forneci material além do que eu suponho necessário. Isso é abuso.

Mas, voltando as profissões, o melhor ainda é o Teste Vocacional. Muitas vezes a gente pensa que gosta de uma determinada profissão, mas, indo conhecê-la de perto, a história muda de figura.

Veja, conheço uma linda moça que por desejo próprio, fez o curso de ARQUITETURA, onde formou-se com extrema capacidade. Mas, enquanto estudava era gerente comercial de uma empresa de médio porte. Aí, percebeu que o mercado de trabalho é restrito para essa profissão, cai naquele velho negócio do "QI".

Acabou, que vendo as dificuldades de assumir a profissão escolhida, prestou concurso público e foi trabalhar em um Banco. Provavelmente será promovida no processo de cargos e carreira. Em compensação gastou uma enorme quantia em pagamentos a faculdade, material, transporte, inutilmente.

Outros casos como aquelas profissões cotadas como as de melhor oportunidade, nem sempre é tão bonita e rentável como se fala: por exemplo: "Analista de Sistemas". Eu não conheço nenhum profissional dessa área que seja tranquilo. Na sua maioria, são pessoas extressadas, sobrecarregadas de trabalho repetitivo, e trancadas em escritórios.

Quando eu era menina, meu pai costumava levar-me com ele onde quer que fosse, para eu aprender a fazer muitas coisas sozinha mais tarde. Então eu sempre observava numa Loja de Marterial de Construção, uma moça sentada numa mesa, com telefone, vários livros, e perguntei ao meu pai o que ela fazia.
Ele me disse, é contadora. Então é isso que eu quero ser, achava bonito.

Estudei e trabalhei nessa área por 16 anos, ganhei muito dinheiro, mas queimei muitos neurônios em cima de números, balancetes, e outros afins.

Quando minha mãe adoeceu e faleceu, mudei para área de saúde, onde fui muito mais feliz, tomei contato com a população, fiz muitas amizades, e tornei-me conhecida ate demais. Se tivesse feito um "Teste Vocacional" teria descoberto que o meu perfil profissional era de contato com o público.

Adoro a enfermagem, na atuação curativa. Administração não, pelo menos no serviço público é pura perda de tempo, tudo que diz respeito a organização, racionalização, economia, é aplicado. Funcionário público não zela pelo material que utiliza para seu trabalho, nem pensa em economia, muito menos é organizado e nem imagina o que é racionalização de serviços.

E assim acontece com várias outras profissões: Advogados, biólogos, dentistas, médicos, enfermeiros, engenheiros, até as mais simples, como balconistas, telefonistas, motoristas, cada um com sua honra e mérito, porque é o trabalho que dignifica o homem, e não o "status" do que ele executa como trabalhador.

Conheço um médico "clinico geral, obstétra e ginecologista" que contou-me a seguinte história: diz ele, quando eu me inscrevi para prestar vestibular no Rio de Janeiro, em uma Universidade Federal, coloquei como pretensão ENGENHARIA MECANICA, e uma segunda opção "MEDICINA"

Ocorreu, que fui classificado, mas não convocado para engenharia, e sim para MEDICINA, e para nao perder a vaga pensei> cuidar de gente também é bom, afinal o corpo humano não deixa de ser uma máquina. E assim foi.

Formou-se médico, fez residencia e pós graduação, e depois especialização nos EUA, durante 15 anos, só retornando porque a sua querida mãe ficara viúva e sozinha. Aos 95 anos ela faleceu, e ele aposentou-se do serviço público.
Agora vive sozinho, e faz o que pretendeu no passado: "Mecanica".

Viu como é preciso pensar bem naquilo que voce quer ser quando crescer?? Mas não desanime, sempre há tempo de mudar. Como eu.

Mas nesse nosso país das maravilhas, bom mesmo é estudar muito, ter uma graduação, e prestar um bom concurso público, e ficar aí até aposentar. Porquê? Nesse país, uma pessoa de 40 anos já é considerada velha para o trabalho, e facilmente ficará desempregada se estiver trabalhando numa empresa multinacional, que valoriza a mão de obra jovem, trabalha com esquema de estagiários, que é mais lucrativo (salario menor sem vínculo empregaticio.).

Também as empresas fazem um rodízio e reciclagem periódica de funcionários, demitindo os que tem o salário mais alto, e admitindo um novo profissional iniciante com salario mais baixo. Investe nele treinamento e desconta no imposto de renda da empresa.

Observação: " O período de trabalho como estagiário, não é contado como TEMPO DE SERVIÇO pelo INSS. " Também o estagiário, não tem direito aos benefícios dos empregados contratados pelo regime da CLT, como férias, FGTS.

O trabalhador Público, ao contrário tem que pensar na aposentadoria desde quando começa a trabalhar no seu primeiro dia. Ele tem estabilidade de emprego, alguns benefícios a mais, em compensação quando aposentar, não terá seu fundo de garantia.

Então é de bom tamanho calcular uma alíquota de 11% sobre seu salario base, e aplicar em investimento financeiro bancário, para ficar guardado para seu FGTS PESSOAL.

E depois de aposentado sentir-se seguro com alguma economia para reverter a seu favor, de preferencia ao lazer, mas sempre lembrando que os aposentado estão na faixa etária de doenças cronicas que demanda investimento em mendicamentos que normalmente as UNIDADES BÁSICAS DE SAUDE NÃO TEM.

Por falar em medicamento no serviço público, está em falta para diabéticos, hipertensos, e o famoso "sinvastatina" para o tal colesterol alto. Custa barato na farmacia, e se não tem nos postos de saúde, é por descaso do Secretario da Saúde.

Onde está o dinheiro da saúde? Cade o programa "Paidéia, saúde da familia? Porque tem no almoxarifado remédio que foi comprado e sabe-se que nunca será utilizado, porque não está no protocolo da Secretaria?? Como por exemplo o "Alendronato de sódio de 10 mg"? Os ginecologistas prescrevem o Alendronato de 75 mg, para se tomar 01 comprimido por semana, ao invés de 10 mg para tomar todos os dias.

Então para que gastar dinheiro num remédio que ninguém vai utilizar?? Tem caroço nesse angu...
Por acaso, os laboratórios pagam "comissão".

Porque alguns médicos ganham comissão prescrevendo medicamentos de alguns laboratórios, outros indicando as farmácias de manipulação, e outro ainda indicando Laboratório de Análises Clínicas, ou exames de Imagem.

Tanto os médicos conveniados, quanto os da rede pública, quando indicam a usuários "diferenciados"...

Os médicos conveniados indicam muitas vezes procedimentos de risco aos pacientes ao invés de investir na prevençaõ da doença, tudo isso, para ganhar uma comissão também. E assim ficam ricos. Tudo isso porque o INSS, remunera muito mal essa categoria, e os convenios pagam uma "mixaria" pelos procedimentos. Eita país das falcatruas...



sonia


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