Todos nós escolhemos a nossa profissão, ou algumas pessoas nem tem a oportunidade de escolher: fazem o que lhes é oferecido, pois, é preciso trabalhar muito, pagar caríssimos impostos, e sobreviver.
Mas a escolha da profissão é uma responsabilidade que vai nos custar a tranquilidade ou não, quando a velhice chegar. Nós humanos somos assim, viemos ao mundo, crescemos, trabalhamos demais, aposentamos por um vergonhoso salário de fome, e terminamos nossos dias em penúria.
Penúria emocional inclusive, a pior doença mental do ser humano. Estou vivenciando a pior fase de minha vida, por isso eu dizia que não queria viver para "semente", preferia morrer trabalhando, sem antes mesmo de me aposentar.
Veja como é triste isso: Optei após 14 anos de trabalho no setor administrativo em multinacional, ganhando bem, graduada, a mudar a direção da minha função, e fui estudar "enfermagem", prestei um concurso público e sou funcionária efetiva municipal, agora já completando mais 16 longos anos de dedicação a população SUS DEPENDENTES.
Depois dos gestores que passaram pela UBS onde trabalhei esses anos todos, apareceu uma em especial que foi encarregada de "renovar" o quadro de funcionários: ou seja, botar os que tem mais idade para correr...
E assim foi, conseguiu me afastar por 6 meses, alegando dificuldades de relacionamento(com ela) que faz uso e abuso do seu poder, causando assédio e constrangimentos aos funcionários.
Ela simplesmente "acabou com a minha vida"; de funcionária atenciosa e eficiente, passei a doente mental, vovozinha, louca, e outros tantos adjetivos que não estou conseguindo mais colocação em nenhum lugar dentro do Hospital Municipal, ou nas UBSs.
E as pessoas acham ainda que eu preciso ter paciencia e esperar que aconteça um "milagre" e alguém me ofereça uma colocação decente.
Hoje fiquei sabendo que uma grande amiga que deu a vida no SAMU, está fazendo radio e quimioterapia por câncer de bexiga, olha como isso é triste... trabalhar tanto e acabar com uma doença dessa?
A maioria dos funcionários públicos da área da saúde acabam assim mesmo, outra, está com mieloma disseminado, seus ossos parecem vidros, não pode andar, nem sequer se mexer, está totalmente dependente.
Bom assim como todos envelhecem, essas mesmas pessoas que hoje pisam em mim, serão com certeza pisadas por alguém lá na frente... Aí é que elas sentirão quanto "queima" pimenta nos olhos dos outros.
Eu tenho a dizer que as pessoas devem aproveitar enquanto são jovens a pensar na velhice, e na segurança financeira, porque funcionário público além de ser mal pagos, são desprezados, enxovalhados de seus locais de trabalho, e não sobra nada.
Certo fez meu pai, trabalhou por conta própria, construiu uma boa casa para morar com a esposa, ganha um salário que é suficiente para viver tranquilo. Ah pagou também a aposentadoria programada em um banco confiável.
Não é fácil. Eu fui para o fundo do poço.
Eu tenho a dizer que as pessoas devem aproveitar enquanto são jovens a pensar na velhice, e na segurança financeira, porque funcionário público além de ser mal pagos, são desprezados, enxovalhados de seus locais de trabalho, e não sobra nada.
Certo fez meu pai, trabalhou por conta própria, construiu uma boa casa para morar com a esposa, ganha um salário que é suficiente para viver tranquilo. Ah pagou também a aposentadoria programada em um banco confiável.
Não é fácil. Eu fui para o fundo do poço.
sonia.
4 comentários:
Triste a realidade da saúde pública brasileira! E é como dizes: pouco tem mudado desde a época em que aí vivi; tenho ido ao Brasil praticamente todos os anos e vejo que o que mudou e nada é a mesma coisa. Aqui funciona melhor, mas com os cortes que o governo faz ( sempre na educação e na sa
ude) por causa da crise está a pior; estão a colocar cada vez menos profissionais e a sobrecarga de trabalho e os cortes nos salários vão contribuir para que o paciente seja prejudicado.
Sou também adepta da educação tradicional, do castigo, do tapinha na bunda e não me arrependo; vejo com orgulho que o meu filho faz o mesmo com o Lucas de 4 anos e a Eduarda de 2; há limites e ele exige-os dos filhos. Não se pode esperar até aos 6 ou 7 anos, tem que ser desde o berço, pois aí a criança já sabe como dar a volta aos pais. Quanto ao resto, Sonia a unica coisa que te posso dizer é que tenhas muita FORÇA. As coisas vão-se resolver! Um beijinho e nada de DESANIMO!
Emília
Muito lindo vc é especial! Beijos
Olá, Sonia!!
Realmente é triste a situação em que nossa saúde se encontra.
A educação também não fica por menos.Me aposentei este ano da educação.Posso lhe dizer que não vai nada bem.
Temos que nos cuidar, para não dependermos dos médicos e de todos que cuidam da saúde.Pois, ninguém mais trabalha por amor ao que estudou e sim por amor ao dinheiro.
Hás de encontrar um jeito de reverter esta situação.Tenha fé em Deus, que é nosso Pai Maior.
Um bom dia prá vc!!
Bjs!!
As arteiras
Infelizmente isso é uma realidade, o que deixa a profissão de enfermagem cada vez pior. eu estou totalmente decepcionada com a enfermagem, fiz a faculdade, ralei, me dediquei ao maximo, e quando me formei vi que o mundo cor de rosa que os professores falavam na faculdade era tudo mentira,q a realidade é se vc tem um " Padrinho " vc consegue trabalho se vc quer arrumar emprego por conta própria, infelizmente temos q conta com a sorte .
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