23 de março de 2010

>Momentos decisivos

webEstamos assistindo praticamente passo a passo o julgamento do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, acusados de assassinarem a menina Isabella. A família passa novamente pelo sofrimento, disse a avó materna: "eles mataram minha neta naquela noite, continuando matando todos os dias, e agora querem matar a minha filha também.

Um certo advogado em um programa da Record News, disse em entrevista que o povo precisa entender que eles não são assassinos confesso, mas, mesmo que fossem teriam direito a defesa. Então um advogado, diz ele respondendo a uma pergunta de um expectador, - mesmo sabendo que o réu é culpado, o papel dele é defendê-lo a todo custo, utilizando todo e qualquer argumento disponível.

No decorrer de minha vida, tenho visto crescer cada vez mais os crimes contra as pessoas, famílias, filhos, e pais, com muita crueldade e assisto algum tempo depois em algum noticiário que o "fulano de tal" que assassinou alguém (?) foi colocado em liberdade, após cumprir, um terço de sua pena, por ser réu primário e ter bom comportamento.

Essa é a lei criminal ultrapassada do nosso país.

Por outro lado, num horário em que deveríamos assistir algum romance leve e suave numa telenovela (18 horas), as autoras estão escrevendo uma estória de crimes, roubos, vingança, fuga facilitada na cadeia, tráfego de influência, mulheres vulgares, homens disputando descaradamente a mesma mulher.

Onde irá parar a moral, o exemplo, se a própria mídia faz as pessoas acreditarem através dessas telenovelas, que tudo de errado é possível nesse país de leis retrógadas?

Isso que estou escrevendo parece bobagem, coisa de gente ignorante e atrasada, mas não é! Na minha juventude raramente se ouvia falar de crimes bárbaros, nunca eu soube que um filho matou os pais, ou que pais mataram filhos.

Eu podia andar sozinha à noite, ir e voltar andando, e olha que eu estudava numa escola bem longe da minha casa, nunca fui abordada por bandido, assaltada, ou estuprada. Hoje as crianças, e até a moçada tem que ir para escola de veículo fretado, ou os próprios pais tem que levar.

Por isso as cidades estão se verticalizando, todos estão se trancando em apartamentos que aparentemente são mais seguros. Pura ilusão. Bandido quando quer, entra onde tiver vontade, as leis são suaves mesmo...

12 comentários:

Pensador disse...

Tenho uma teoria, talvez ridícula, de que haviam, sim, crimes, como os há hoje. Só que aconteceram dois fatores que nos dão a impressão de um aumento: primeiro, um aumento da população, fazendo com que haja um aumento do número absoluto de casos, sem que isto implicasse num aumento do número relativo. Segundo, um maior interesse da mídia em explorar crimes de todas as maneiras possíveis, aumenttando sua visibilidade. Isto é uma posição tranquilizadora? Claro que não! Apenas creio que seria importante termos uma melhor perspectiva da situação.

Rosana Ibanez disse...

Como diz a autora Gloria Perez, a justiça no Brasil é muito branda. Domingo vi no fantástico uma reportagem do menino de 12 anos que matou a madrasta grávida e com certeza pegará "prisão perpétua". E aqui no Brasil? O pai mata a filhinha e se for condenado provavelmente daqui a cinco anos deixará a prisão. Com certeza irá morar no interior onde ninguém mais o conhece e viverá feliz p/sempre ao lado da outra assassina. É assim que será e sempre foi. É assim no Brasil, infelizmente...
Acho que não temos muito o que fazer.
Um lindo dia p/vc!!

as arteiras disse...

OLá!
Concordo com vc.
Hoje em dia saímos de casa e não sabemos se voltamos. Na minha adolescência também andava a noite a pé. Hoje levo minha filha adolescente de 15 anos a escola, como diz ela é "mico", mas fazer o que!?
Hoje as penas dadas aos transgressores da lei, são cortadas pela terça parte por bom comportamento. Se tivessem bom comportamento não estariam atrás da grade. Você não acha?
Bjs!!!
AS arteiras

Phivos Nicolaides disse...

Realmente triste história!

Sônia Pachelle disse...

Para as arteiras: Sim, eu concordo se tivessem bom comportamento não estariam atrás das grades, quem vive transcados somos nós, em condomínios ou casas com cerca elétrica, câmeras, etc...

agradeço a visita

beijos.

Hana disse...

Hoje com mais t4empo vim te ler, hoje vou olhar tudo por aki, adoro este cantinho.
com carinho
Hana

Whispers disse...

Querida,
Mil beijos com saudades

wrc disse...

Sim este é o país das bandalheiras que eu amo. É como um alguem que nos faz um mal , mais como o amamos perdoamos , o país nao nos faz mal algum mais o seu judiciário .... senao vejamos , nao defendendo o cara acho até que ele jogou mesmo a menina do sexto andar mais nao houve prova cabal do fato , e o cara pegou trinta anos , e os caras que escondiam dinheiro na cueca e em todos os bolsos, lá houve prova cabal alias todo o país viu e os caras estao por ai livre leve e solto .

Oásis!! disse...

Pois é amiga !!e é tão dificil engolir essas injustiças todas!!!e é até compreensivel a festa que o povo fez depois do julgamento!!embora nada hávia para se comemorar pq todo mundo saiu perdendo foram tres familias destruidas!!e além da pequena Isabella os irmãozinhos dela tbém se tornaram vitimas!!
pq segundo o avô eles usam nomes falsos na escola para não serem discriminados!!!sem falar na mãe da menina!!quanto sofrimento por uma atitude impensada!!pela falta de equilibrio e pela falta de amor!!!bjosss

Sônia Pachelle disse...

Concordo com voce, pois, este é o país das bandalheiras e dos esquecidos, os eleitores por exemplo. Se o povo prestasse atenção nos roubos a olhos vistos, e se revoltasse como aconteceu com os réus em referencia, certamente alguma providencia haveriam de tomar. Mas a população se comove somente com algum tipo de violencia, ou então nem percebe que ROUBO é crime tanto e quanto, nós é que estamos sendo jogados pela janela e caindo direto nos restos de lixo do \governo que está pouco se lixando com o sofrimento dos esfomeados, explorados, sem contar com os vergonhosos salários que são oferecidos pelos empregadores. Agradeço a sua observação muito bem colocada.

beijão.

Sônia Pachelle disse...

Olá Sandra, tem razão nada há para se comemorar, talvez seja o desejo de justiça falando mais alto. Mas justiça não é só isso, tem muita gente para ser condenada e confinada, o que aconteceu na vida deles é falta de DEUS. E eu me pergunto porque a mãe biológica conhecendo a agressividade do pai, deixava a menina com ele em finais de semana, ao invés de permitir somente uma visita a cada 15 dias? Atualmente está na "moda" a guarda "compartilhada" que segundo meus conhecimentos pode levar a criança a uma confusão emocional complicada, fazendo com que perca as referencias, confundindo os princípios de cada nova família.

beijos.

Grata pela visita, feliz Páscoa.

Daniel Savio disse...

Infelizmente, anda esquecida o que é realmente moral...

Mas só vou considerar que foi feita justiça quando não houverem casos parecido com a da Isabele Nardoni.

Fique com Deus, menina Sonia.
Um abraço.